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Dia do Psicólogo: conheça um pouco da história da Psicologia no Brasil

27/08/19

O dia do psicólogo marca a data em que a profissão foi regulamentada, 27 de agosto de 1962. O processo de profissionalização do psicólogo no Brasil deu-se em três etapas. Inicialmente, com as faculdades e escolas de medicina e a escola de anatomia militar do RJ, no século XIX. Mesmo com os estudos avançados para a época, não havia profissionalização na área psicológica. Naquele tempo, a psicologia era compreendida, por alguns, como uma parte da medicina e era estudada como disciplina.

O segundo período é compreendido entre 1890/1906 e 1975. Abrange desde o início da institucionalização da prática psicológica até a regulamentação da profissão e a criação dos seus dispositivos formais. A partir de então, a psicologia passou a ter um conhecimento próprio, institucionalizado e reconhecido. O psicólogo adquiriu um campo específico de atuação, ainda que compartilhado com a medicina e a educação.

Neste período, a formação profissional do psicólogo organizou-se no Brasil como uma especialização. O psicólogo deveria cursar, em seus três primeiros anos de estudos, as disciplinas de filosofia, biologia, fisiologia, antropologia ou estatística e fazer os cursos especializados em psicologia. Com a formação dos denominados especialistas em psicologia, iniciou-se, oficialmente, o exercício dessa profissão.

Após esse período, começou o momento atual da psicologia, quando a profissão de psicólogo passou a estar organizada e estabelecida. Em 27 de agosto de 1962, foi aprovada a lei nº 4.119, que regulamentou a profissão no Brasil. Também foi aprovado, no mesmo ano, o Parecer 403 pelo Conselho Federal de Educação, que estabeleceu o currículo mínimo e a duração do curso universitário de psicologia.

Código de Ética dos Psicólogos

Após a profissionalização, houve a divulgação do Código de Ética Profissional do psicólogo. A ação resultou em uma diretiva de trabalho na área, definindo as responsabilidades e deveres na profissão. Os princípios fundamentais dispostos nesse documento são:

I.

O psicólogo baseará o seu trabalho no respeito e na promoção da liberdade, da dignidade, da igualdade e da integridade do ser humano, apoiado nos valores que embasam a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

II.

O psicólogo trabalhará visando promover a saúde e a qualidade de vida das pessoas e das coletividades e contribuirá para a eliminação de quaisquer formas de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

III.

O psicólogo atuará com responsabilidade social, analisando crítica e historicamente a realidade política, econômica, social e cultural

IV.

O psicólogo atuará com responsabilidade, por meio do contínuo aprimoramento profissional, contribuindo para o desenvolvimento da Psicologia como campo científico de conhecimento e de prática.

V.

O psicólogo contribuirá para promover a universalização do acesso da população às informações, ao conhecimento da ciência psicológica, aos serviços e aos padrões éticos da profissão.

VI.

O psicólogo zelará para que o exercício profissional seja efetuado com dignidade, rejeitando situações em que a Psicologia esteja sendo aviltada.

VII.

O psicólogo considerará as relações de poder nos contextos em que atua e os impactos dessas relações sobre as suas atividades profissionais, posicionando-se de forma crítica e em consonância com os demais princípios deste Código (CFP, 2005, p.7).

Atualmente, existem psicólogos atuando em diversas áreas. Entre elas, psicologia do trânsito, jurídica, do esporte, ambiental, neuropsicologia, hospitalar; além das áreas “tradicionais”, como a psicologia da educação, clínica e organizacional e do trabalho. Recentemente, o Conselho Federal de Psicologia criou a frase “Psicologia em todos os lugares, com qualidade e ética”. Tal iniciativa busca incentivar que psicólogos levem os saberes profissionais aos diversos espaços de atuação.

A Clínica Consciência Psicologia acredita no potencial desta ciência e profissão. Por isso, por meio de sua atuação, espera contribuir para que cada vez mais as pessoas conheçam e acessem o trabalho e os conhecimentos psicológicos em suas vidas.

*Esta seção  do texto contou com a colaboração da psicóloga Mariana Gabriella Sdrigotti.

Uma Pequena Homenagem aos Psicólogos

Ser psicóloga é ser plural.

Porque não há uma razão única pela qual as pessoas escolhem essa profissão.

Ainda assim, é importante que haja uma característica a quem busca esse ofício: gostar de gente.

Gente “de carne e osso”, que vive, chora, ri, se desespera, se decepciona. Mas gente que busca, que quer compreender sua realidade, que entende que mudanças acontecem e podem ser revertidas em processos de desenvolvimento.

Há quem procure pelos psicólogos: nas clínicas, nos centros de atenção psicossocial, nas unidades básicas de saúde.

Mas há aqueles para quem os psicólogos chegam: nas situações de emergências e desastres, nos hospitais – à beira do leito, nos esportes, nas situações de violência.

Ser psicóloga é, em alguma medida, não se conformar com o mundo como ele está: é colocar-se à disposição para enfrentar desafios, para caminhar ao lado de quem deseja construir novas possibilidades e mudar seu futuro.

Mas é também ser alguém que estuda, lê, se questiona e assume o compromisso de capacitar-se técnica, teórica e pessoalmente. Questionar-se é uma constante! Pois é fundamental assumir o compromisso da permanente busca pelo aprofundamento do seu conhecimento e da dúvida sobre as certezas estabelecidas.

Porque psicólogo não julga: para isso, precisa colocar “entre parênteses” o que pessoalmente pensa, para compreender como cada pessoa se constitui – na sua história, nas suas relações, no entrelaçar do tempo. Utiliza de uma visão de sujeito e de mundo – no nosso caso, o Existencialismo Sartreano! – para traçar a linha que conecta a pessoa com ela mesma e com aquilo que pode fazê-la – em alguma medida! – mais feliz.

Ser psicóloga é, mesmo em situações difíceis, buscar ampliar o campo de possibilidades de escolhas de cada um, mas também dos grupos. É buscar as potencialidades dos encontros e catalisar processos que permitam às pessoas assumirem um pouco mais as rédeas de suas existências.

É acreditar que cada pessoa é um mundo e merece ser conhecida, compreendida, valorizada. É construir pontes, derrubar muros, (re)fazer passagens.

É também angustiar-se – quando a dor do outro é tamanha, porque a vida prega peças, é imprevisível, complexa e pode ser dura.

Mas é manter a esperança – na capacidade humana de se (re)inventar.

E é principalmente confiar na força dos afetos, na força da escuta, no entusiasmo da palavra.

A todos e todas que escolheram essa profissão, fica o nosso desejo de que continuem exercendo seu trabalho com ética, reciprocidade e intensa dedicação!

                             

Referências

CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Resolução CFP n° 010/2005. Código de Ética Profissional do Psicólogo, XIII Plenário. Brasília, DF: CFP, 2005.

PEREIRA, Fernanda Martins; PEREIRA NETO, André. O psicólogo no Brasil: notas sobre seu processo de profissionalização. Psicol. estud., Maringá,  v. 8, n. 2, p. 19-27, Dec. 2003.  

 

Psicologia Clínica Existencialista

 

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