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Saúde do Homem no Brasil

27/11/18

A maneira como o homem brasileiro lida com a saúde é uma questão cultural. Há certa resistência em cuidar da saúde de forma preventiva. Estudos do Ministério da Saúde mostram que os homens não costumam fazer exames preventivos e que 60% deles procuram por um serviço médico quando as doenças já estão em estado avançado.

Isso se deve, em parte, porque vivemos em uma sociedade que muitas vezes exige que o homem seja forte, que não demonstre tristezas ou inseguranças e dê conta de seus problemas sozinho. Assim, desde pequenos, os meninos não são estimulados a observarem seu corpo ou suas emoções, falando delas e compartilhando dificuldades que possam vivenciar.

Portanto, na busca pela saúde masculina, será necessário quebrar barreiras culturais que podem fazer com que os homens resistam a falar de si, auxiliando-os a buscar ajuda mesmo antes de os problemas surgirem.

Além disso, é importante investir na divulgação dos fatores de risco e também sobre quais exames preventivos devem ser feitos. Esta cultura de prevenção pode ser estimulada por todos, contribuindo para uma compreensão de que buscar auxílio e cuidado de si não é sinônimo de fragilidade.

Novembro Azul

No mês de incentivo à prevenção ao câncer de próstata, o Psicólogo Thiago M. Dutra ressalta a reflexão sobre o conceito de saúde. É comum que homens busquem por cuidados de saúde apenas quando sintomas de alguma doença já estejam muito evidentes e causando prejuízos significativos à sua rotina.

“Conforme preconiza a Organização Mundial da Saúde (OMS), no entanto, a saúde não é determinada apenas pela ausência de doença, mas um estado amplo de bem-estar integral, vivido a partir da interação entre os eixos biológico, psicológico e social”, afirma o Psicólogo Thiago M. Dutra.

Desta forma, a mudança de atitudes, bem como o cuidado emocional, fazem parte de aspectos que contribuem com a qualidade de vida. Devem ser olhados com atenção.

“Não compreendemos o corpo isolado das emoções, pois ambos são vividos de modo articulado, conceito que chamamos de psicofísico. As experiências que temos interferem no funcionamento de nosso corpo, bem como são influenciadas por ele. Por este motivo, é importante que o cuidado físico caminhe junto com o cuidado emocional”.

Dados Epidemiológicos

De acordo com o relatório “Perfil da morbimortalidade masculina no Brasil”, publicado pelo Ministério da Saúde este ano, homens de 20 a 59 anos têm maior presença de determinados tipos de doença e morte (principalmente por causas externas, relacionadas ao próprio comportamento) se comparados às mulheres da mesma faixa etária. No geral, os homens:

  • Estão envolvidos na maioria das situações de violência;
  • Utilizam álcool e outras drogas com maior frequência do que as mulheres;
  • Estão mais expostos aos acidentes de trânsito e de trabalho;
  • Não procuram os serviços de saúde e, quando procuram, não seguem os tratamentos recomendados;
  • Geralmente, têm medo de descobrir doenças;
  • Não se alimentam adequadamente;
  • Estão mais susceptíveis à infecção de IST/Aids;
  • Não praticam atividade física com regularidade.

Outras Consequências

Além do maior risco de morbimortalidade, a construção social sobre o que é ser homem faz com que muitos deixem de procurar ajuda quando passam por situações de sofrimento emocional.

Como em todo grande grupo, os homens são muito diferentes entre si. As suas personalidades e características não são determinadas apenas pelo sexo de nascimento. Elas são construídas e reveladas à medida em que nos relacionamos com as outras pessoas e com o mundo ao redor.

No entanto, a generalização em relação ao que seria esperado do homem pode levá-lo a deixar de expor dificuldades enfrentadas, negando sua singularidade em relação ao modo como vivencia situações desafiadoras, mudanças ou mesmo quando sente-se inseguro e com dúvidas sobre suas escolhas.

“O isolamento e a solidão podem ser comuns entre os homens. Muitos não conseguem conversar com a família, nem com os amigos sobre seus problemas e dificuldades. Eles foram ensinados que isso representaria uma fraqueza e que os desqualificaria enquanto homens” Eliane Regina Ternes Torres, Psicóloga (CRP 12/02711).

“Existe certa pressão sobre o homem em relação a ter que dar conta de tudo, sem pedir ajuda e sem demonstrar emoção. É claro que os homens também se emocionam, também precisam de ajuda e também sofrem” Fabíola Langaro, Psicóloga (CRP 12/0799).

“É preciso perceber que ser homem é muito maior do que qualquer estereótipo. Ninguém deixa de ser homem por pedir ajuda a um amigo, por ir ao psicólogo, ao médico ou por demonstrar sentimentos” Andrea Hellena dos Santos, Psicóloga (CRP 12/8762).

Ser Homem

Para superar os entraves gerados pela concepção universal do que é ser homem em nossa sociedade, é preciso fazer uma reflexão profunda. Compreender que o papel que nos foi ensinado é, na verdade, uma construção social, que não corresponde necessariamente à realidade.

A psicoterapia pode ajudar.

“A masculinidade não é desconstruída quando você diz que não gosta de brigar ou quando procura um médico para realizar um exame e cuidar da saúde” Fabíola Langaro, Psicóloga (CRP 12/0799).

“É possível ser homem e não ser o provedor da casa. É possível ser pai, marido, amigo e e avô e pedir ajuda quando for necessário”. Andrea Hellena dos Santos, Psicóloga (CRP 12/8762).

“A psicoterapia existencialista ajuda a conseguir estas mudanças na forma de enxergar o mundo e conduzir sua vida. Auxilia as pessoas a compreenderem melhor os motivos de suas ações e dificuldades.” Eliane Regina Ternes Torres, Psicóloga (CRP 12/02711).

A Clínica Consciência Psicologia auxilia homens e mulheres a superarem os conflitos provocados pelas imposições sociais, em busca de um futuro de superações e (re)construções. Nossos profissionais trabalham com ética, para a redução do sofrimento humano. Conte conosco!

 

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