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7 verdades sobre a psicoterapia

16/04/21

Há algum tempo, falamos aqui sobre os 7 mitos da psicoterapia. Porém, neste texto, vamos falar sobre 7 verdades desse processo. Ou seja, sobre aspectos que permeiam as sessões e que, ao serem conhecidos, podem melhorar ainda mais o trabalho conjunto de psicoterapeuta e pacientes.

Vamos às verdades sobre a psicoterapia!

1. A psicoterapeuta não julga os problemas das pessoas

Algumas pessoas podem sentir vergonha ou culpa de ações realizadas. Podem, então, julgar que fizeram algo de muito grave, ou que enfrentam um problema do qual têm receio de falar e temem compartilhar. Porém, por “pior” que possa parecer seu problema ou a situação que você vive, é importante lembrar que não cabe à profissional de psicologia fazer juízo de valor sobre esses eventos

Durante a formação, somos orientadas e preparadas para acolher a história de vida de cada pessoa, deixando de lado qualquer julgamento moral. Assim, vamos tentar entender as razões pelas quais aquele evento aconteceu. E, além disso, pensar junto com você sobre a melhor forma – a partir dos seus próprios valores e das pessoas com quem você convive – de conduzir a situação.

2. Nós não temos respostas para tudo – ou melhor, não temos respostas

Muitas pessoas têm a expectativa de que psicólogas tenham respostas, receitas prontas ou que possam dar conselhos sobre como devem agir. Mas essa não é a função da psicoterapia. Durante as sessões, a psicoterapeuta irá conduzir você a uma compreensão sobre que fatores contribuíram para você estar na situação atual e para avaliar que caminhos existem pela frente. A partir da avaliação dessas possibilidades de ação, você fará suas escolhas. Espera-se que, com o auxílio da psicoterapia, você se sinta cada vez mais seguro para tomar suas próprias decisões e assuma cada vez mais autonomia no processo e na vida. 

É importante lembrar que espera-se que você tenha alta do processo. Porém, isso só vai ocorrer à medida em que você mesmo puder se responsabilizar sobre suas atitudes e não depender da psicoterapeuta para sentir-se bem.

3. Trabalhar a relação com a psicoterapeuta faz parte do processo

Pode ser que você não se sinta totalmente à vontade na companhia da psicóloga – principalmente no início da psicoterapia. Isso pode deixá-lo mais receoso, com alguma dificuldade para expor seus problemas. Nesse caso, é importante lembrar que há um tempo para que você conheça a profissional e forme um vínculo. Além disso, pode haver situações em que você sinta raiva, angústia, ansiedade frente às intervenções realizadas. 

Pode ser que você não goste ou não se sinta à vontade com algum direcionamento feito pela psicóloga. Se isso ocorrer, saiba que você pode compartilhar sobre esses sentimentos com a psicoterapeuta. Isso não irá ofender. Pelo contrário: este pode ser um momento em que a psicóloga irá avaliar a condução do caso e perceber se há algo a ser repensado, revisto ou redirecionado. Sua participação ativa no processo fará toda diferença e pode contribuir para a melhora na relação, bem como nos resultados.

4. Psicoterapeutas desenvolvem afeto por seus pacientes

Com o passar do tempo, depois de meses de relação terapêutica, as psicólogas sentem afeto pelas pessoas de quem cuidam. Isso é considerado saudável para a relação terapêutica e faz com que tanto psicólogos quanto pacientes possam se sentir cada vez mais à vontade no processo. Afinal de contas, as pessoas abrem sua vida e sua intimidade para a profissional que, por sua vez, acolhe com atenção e respeito as questões trazidas pelos pacientes para as sessões.

Porém, essa relação de afeto é diferente de uma relação de amizade, porque amigos compartilham intimidade e convivem em seu dia a dia – o que não ocorre na psicoterapia, já que somente os pacientes falam sobre sua vida particular em profundidade. Ainda assim, psicoterapeutas são humanos! E, depois de tantas horas de convivência, desenvolvem um “querer bem” aos seus pacientes.

5. Psicoterapeutas também fazem psicoterapia e supervisão

Desde a graduação, psicólogas são incentivadas a realizar psicoterapia. Tanto porque – como acabamos de dizer – são humanas e por isso têm problemas como qualquer outra pessoa, quanto porque esta é uma forma de se conhecerem melhor, compreenderem suas fragilidades e trabalharem suas vulnerabilidades. Desse modo, entendem sua personalidade, seus projetos de ser e sobre situações que podem gerar dificuldades. Consequentemente, as psicólogas estarão mais preparadas para realizar seu trabalho, considerando que suas habilidades técnicas e teóricas, mas também pessoais, são suas ferramentas de trabalho. 

Por outro lado, é comum que, depois de formadas, as profissionais busquem por outras psicólogas experientes para discutir casos em que desejam ter uma visão externa sobre a situação e que possam contribuir para o bom andamento do processo. Se isso ocorrer, não revelam dados que possam identificar seus pacientes, relatando apenas o necessário para que a psicóloga supervisora oriente a psicoterapeuta na condução das sessões, visando um melhor resultado da psicoterapia.

6. Diagnósticos não são o elemento mais importante

Muitas pessoas querem saber sobre seus diagnósticos, entendendo que esse dado poderá colocar luz sobre suas questões. No entanto, isso não é uma verdade absoluta. Diagnósticos podem ser importantes em casos em que haja necessidade, por exemplo, de uma avaliação psiquiátrica e quando o uso de medicações se faz necessário para auxiliar no controle de sintomas. 

Porém, mais importante do que receber um diagnóstico é compreender a razão que lhe fez passar a experimentar o sofrimento que o fez procurar ajuda, qual é a sua dinâmica de personalidade e como a situação em que você vive se instalou. É essa compreensão que possibilitará construir ferramentas para alterar sua condição e construir um futuro diferente. Além disso, para algumas pessoas, o diagnóstico pode ser vivido como uma “sentença”, ou seja, como se estivessem determinadas a viver sempre a mesma experiência por terem sido diagnosticadas com algum “transtorno”. É esse sentimento, em especial, que se espera evitar, considerando que somos um eterno vir a ser, como nos disse Sartre.

7. A psicoterapeuta torce pelos seus pacientes

Uma das maiores realizações de uma psicoterapeuta é ver um paciente bem, sentindo-se melhor em relação ao que o fez procurar ajuda. Desejamos que o momento da alta possa chegar e que seja possível ver nossos pacientes caminhando de modo seguro e autônomo, depois de terem se transformado e alterado sua condição de sofrimento. Por essa razão, a cada sessão realizada, torcemos para que cada um passe um período melhor do que o anterior, que retorne para a sessão com boas experiências e emoções vividas. 

Enquanto isso não ocorre, nutrimos a esperança de que esses dias não demorem a acontecer. E quando finalmente acontecem, é uma alegria poder observar cada paciente sentindo-se mais viabilizado em seu projeto e compartilhando conosco suas conquistas.

Se quiser saber mais, entre em contato conosco, tire suas dúvidas ou deixe suas sugestões.

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